terça-feira, 23 de março de 2010

EDUCAÇÃO CORPORATIVA - ensino continuado

As mudanças que estamos vivenciando, sobretudo, a partir da década de 90 (chamada era do conhecimento) nos leva a perceber que a dinâmica de mercado foi alterada. Antes (revolução industrial), o foco eram produtos e serviços, hoje (revolução do conhecimento), produtos e serviços são muito similares, as novas tecnologias proporcionam-nos com alta qualidade, entretanto, o que está fazendo a diferença no mundo organizacional são as pessoas. As organizações precisam perceber que cada empresa tem sua especificidade e seres humanos singulares, com seus sonhos e objetivos pessoais. Contudo, vem sendo adotado o ensino continuado nas próprias organizações, o que chamamos de educação corporativa, a qual aproxima os envolvidos em uma empresa, como colaboradores, fornecedores, clientes etc. A fim de tratar assuntos específicos daquela realidade, não apenas com capacitações técnicas, mas, sobretudo, comportamento, autoconhecimento, liderança, aprendizagem organizacional etc.

Alguns aspectos importantes a serem considerados na implementação da educação corporativa são: forma de aprendizagem (aprender fazendo), adaptação ao negócio e o fator tempo. Segundo Mundim (2002), um programa de educação corporativa pode englobar não só o mapeamento de competências necessárias à eficiente execução das ações, identificando os conhecimentos que serão englobados em um currículo de cursos de desenvolvimento pessoal, mas também as práticas de aprendizagem organizacional, as técnicas de gestão do conhecimento e as novas formas de aprendizagem, como suporte ao processo de capacitação.

Nas organizações que aprendem o desafio maior está em atender as necessidades psicológicas de seus colaboradores, novas oportunidades, liderança, desenvolvimento de trabalhos em equipes etc. A mudança neste cenário exige um planejamento organizacional eficiente, ação empreendedora e descentralização através dos gestores destas organizações. Para Senge, as organizações devem desenvolver cinco disciplinas fundamentais para este processo de inovação e aprendizagem, as quais comungo:

 Domínio pessoal: por meio do autoconhecimento, as pessoas aprendem a clarificar e aprofundar seus próprios objetivos, a concentrar esforços e a ver a realidade de forma objetiva;
 Modelos mentais: são ideias profundamente enraizadas, generalizações e mesmo imagens que influenciam o modo como as pessoas vêem o mundo e suas atitudes;
 Visões compartilhadas: quando um objetivo é percebido como concreto e legítimo, as pessoas dedicam-se e aprendem não como uma obrigação, mas por vontade própria, construindo visões compartilhadas;
 Aprendizagem em equipe: em grupos em que as habilidades coletivas são maiores que as habilidades individuais, desenvolvem-se a capacidade para ação coordenada;
 Pensamento sistêmico: constitui um modelo conceitual, composto de conhecimentos e instrumentos, que visam melhorar todo o processo de aprendizagem e apontar futuras direções para aperfeiçoamento.


A verdade é que o contexto dos negócios está cada dia mais dinâmico e provocando maneiras diferentes e inteligentes de se obter resultados. O comportamento, a postura, as habilidades e competências, bem como as formas de aprendizagem levarão as organizações a satisfazerem seus clientes internos e externos. Contudo, muito esforço de todos os envolvidos será fundamental para alcançar resultados ou simplesmente sobreviver neste novo cenário, quebrando paradigmas e incentivando profundas reflexões sobre a própria cultura organizacional.