quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Inovação e sustentabilidade precisam caminhar juntas

Você sabia que inovar não é apenas criar ou fazer diferente em relação a outra empresa? Hoje é imprescindível que os líderes verdadeiramente inovadores vejam a empresa não apenas como uma máquina que gera dinheiro, mas sim como um organismo vivo que precisa dar atenção e valor tanto aos departamentos e funcionários quanto para o meio ambiente, pensando estrategicamente no que melhorar a cada dia, sem esquecer, claro, da competitividade do mundo dos negócios.

É possível unir a visão sustentável ao domínio das competências humanas e técnicas. Ter coragem para lutar por tudo o que se considere de valor dentro do ecossistema. Num futuro breve, as empresas que pensam globalmente serão reconhecidas interna e externamente sem precisar fazer esforços para divulgar suas ações. Inovar é crescer mentalmente e saber que o planeta, se não receber a atenção ambiental merecida, não vai poder oferecer as condições estruturais para as empresas crescerem, conquistarem mercado e gerarem o almejado lucro.

Desenvolver profissionais com visão inovadora é a missão de todas as empresas e das grandes escolas que se predisponham a formar líderes que contribuam para um futuro mais sustentável, conforme avalia a professora da pós-graduação em Gestão de Pessoas da ESPM (Escola Superior de Propaganda e Marketing), Fátima Motta.

O surgimento das redes de relacionamentos engajando todo o mundo, as inovações da tecnologia, as crises financeiras e as constantes mudanças climáticas mostram a necessidade de se avaliar o atual modelo de desenvolvimento econômico, hoje baseado na cultura do consumismo. A análise bem feita é de Ricardo Correa, diretor-executivo da FNQ (Fundação Nacional da Qualidade).

Em uma sociedade baseada no consumo e uma realidade caracterizada pelo uso cada vez maior dos recursos naturais, há a necessidade da mudança na cultura da sociedade e, assim, alterar a gestão das empresas privadas ou públicas. O conflito entre o que é desejável para a sociedade e o que é aceito pelo indivíduo e pelas empresas está presente em quase todos esses desafios. “O maior de todos – salvar o planeta maximizando o bem estar coletivo – não poderá ser resolvido apenas com inovação tecnológica”, conforme destaca Correa.

Recente pesquisa da FNQ revela que a maioria dos entrevistados ainda não tem a plena convicção da importância de uma gestão sustentável, focando apenas no lado econômico e não em uma empresa economicamente sólida, socialmente correta e ambientalmente responsável, segundo afirma o superintendente-geral da Fundação, Jairo Martins.

Felizmente, aos poucos, as empresas tendem a mudar de ideia. Em um futuro breve, focar na excelência de inovação para sustentabilidade será uma questão de sobrevivência, conforme destaca o professor João Amato Neto, da Fundação Vanzolini e Escola Politécnica da USP.

Portal HSM

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