sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009

EMPRESAS x PLANO DE NEGÓCIOS x CRISE FINANCEIRA MUNDIAL


A crise financeira que se alastrou ao redor do mundo já fez várias vítimas. Bancos foram comprados, outros em fusões. Os Estados Unidos “tomaram um tombo” que provavelmente fez americano lembrar de 1929 com a derrocada do mercado financeiro da época, o qual refletiu enormes prejuízos como; 25% dos trabalhadores perderam seus empregos, muitos investimentos na bolsa de valores “viraram pó” (perda total) e diversas empresas quebraram.
Obviamente o tempo é outro e nem de perto a crise atual trará os prejuízos daquela época. Os bancos centrais do mundo inteiro estão atentos e para evitar problemas maiores de liquidez no sistema financeiro injetaram quase 2 trilhões de dólares no mercado, a fim de mostrar ao mundo que aprenderam com a crise de 1929. Os governos e bancos centrais estão atentos a todo o movimento, e desta vez não deixariam que a crise de confiança dos investidores se alastrasse, como podemos observar pelas ações tomadas em conjunto e individuais. Pois se isso acontecesse novamente, seria um corre-corre aos bancos e realização de saques totais como ocorreu naquela época. O resultado seria quebradeira de instituições financeiras e um efeito dominó até chegar à economia real com recessão imensa e péssimos resultados das empresas, terminando também por falências de organizações.

Mas, o que tudo isso tem a ver com o plano de negócios?

Semana passada a Petrobrás anunciou que suspendeu a divulgação de seu plano de negócios para 2009 até o final deste ano, o qual seria publicado agora em outubro. Por quê? Sua equipe técnica fará uma revisão do plano prevendo recessão externa e interna, projeções de preços da commodity para 2009, etc. Somente após o novo cenário que objetivos, investimentos e novos números para suas metas serão anunciados. Portanto, é fato de que o planejamento estratégico e planos de negócios devem ser revistos por nossas empresas brasileiras, talvez até mesmo lançar mão do plano B, pois mesmo com a economia do Brasil em bom momento e país crescendo e em desenvolvimento, reflexos indesejáveis às empresas e consumidores acontecerão. Como restrição de créditos internacionais para empresas exportadoras, como também crédito interno, aumento de taxas de juros, diminuição de tempo para pagamentos de financiamentos etc.

Portanto, é de muito bom tom que os gestores façam uma releitura de seus planejamentos a curto e médio prazo. Talvez seja necessário mudar alguma estratégia ou rota para que no longo prazo, efetivamente, alcance o previsto no planejamento estratégico ou plano de negócios inicial da organização.

Sucesso!!
Fábio Barbosa

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