quinta-feira, 21 de julho de 2011

Startups verdes

Mercado se abre para novas empresas que se emcaixam no conceito eco-friendly.

A tendência de empresas que adotam a sustentabilidade como parte estratégica em seus negócios está cada vez mais evidente no surgimentos de startups “verdes”. Elas trazem o conceito de eco friendly desde sua criação e muitas vezes elas existem por causa dessa preocupação com o tema.

Os empreendedores desse tipo de empresa têm algumas características em comum: eles avaliam riscos e oportunidades olhando para a sociedade. “Em geral, eles querem mitigar questões negativas na sociedade ou enxergam nesses problemas novas oportunidades de negócio”, afirma o consultor João Paulo Altenfelder, da SEI Consultoria. A figura desse empreendedor é fundamental para o desenvolvimento desse mercado.

Essas empresas também têm em comum um modelo diferenciado de negócio. Em geral elas têm governança descentralizada, mais colaborativa e mais participativa. A relação com os stakeholders também é mais participativa e as empresas sabem aproveitar bem este aspecto. Elas trocam mais, pedem opinião e são mais transparentes, o que colaborada para a inovação vir, muitas vezes, dos próprios stakeholders.

Uma empresa com este perfil deve ter foco em questões ligadas à sociedade como:

1 - água
2 - energia
3 - esgoto
4 - resíduos
5 - formação de mão de obra.

Outra palavra que obrigatoriamente está ligada à essas startups é a inovação. É inovando que elas nascem e conseguem se projetar. Se, dentro do conceito de sustentabilidade, precisamos achar novas soluções para a sociedade, é exatamente aí que surgem as oportunidades. E a inovação deve estar presente desde o começo, conforme publicado no blog da HSM ‘Startups: segredo é inovação desde o início’.

Mercado amplo

As startups verdes surgem em todos os setores do mercado e não somente em segmentos ligados ao meio ambiente. Os serviços ambientais formam um nicho muito promissor, onde podem ser exploradas soluções para aproveitamentos de resíduos, energias renováveis ou melhor aproveitamento da água. Mas o conceito de eco friendly vai além: empresas de segmentos tradicionais como têxtil ou turismo estão adotando esses conceitos. E existem ainda as empresas sociais, que muitas vezes surgem como ONGs e se transformam.

“Daqui para frente, muitos negócios vão deixar de existir e muitos outros vão surgir. Nossa sociedade consome cada vez mais energia e precisa cada vez mais de soluções para alimentação, por exemplo”, defende Altenfelder, da SEI Consultoria.

Onde estão?

Um suco bem fresquinho, feito sem conservantes e colocado em caixinhas: esse foi o sonho que se tornou realidade na empresa de sucos do bem. A empresa existe desde 2009 e tem em sua filosofia fazer as melhores bebidas naturais do mundo. Também buscam uma relação mais direta com os consumidores, a ciência a serviço do natural e mais respeito à natureza e ao ser humano.

Num segmento totalmente diverso está a WeatherBill, fundada pelos ex-funcionários do Google, David Friedberg e Siraj Khaliq. A empresa americana desenvolve formas de proteger fazendeiros contra perdas causadas pelo clima. O Weather Insurance utiliza uma plataforma tecnológica que paga seus clientes automaticamente com base nas condições climáticas. O software monitora as condições climáticas em tempo real.

No setor têxtil, a Ecotece se aproxima mais do modelo de empresa social. Ela nasceu como Instituto do Vestir Consciente e atua em três frentes: uma agência de criação e conhecimento, projetos sociais e desenvolvimento de produtos ecológicos que geram renda. Na maneira de pensar dos criadores da empresa, as roupas são bens de consumo indispensáveis que podem gerar ativos ambientais e sociais.

Em setores como o de combustíveis o mercado é tão promissor que existem investidores especializados. A Khosla Ventures, da Califórnia, por exemplo, procura empresas e startups de tecnologia, entre outras, que reduzam as emissões de CO².

Setores diversos, mas com muito em comum. De acordo com João Paulo Altenfelder, “o mais importante é que esses empreendedores enxergaram que a insustentabilidade pode virar uma oportunidade”.

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HSM Management

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